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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O DIFICIL PARTO DAS BRUXAS



Nsukwama!

Os actos de contrição circunstancialmente simulados  estão  a dar lugar a um estranho surto de contrações estéreis que , nada parindo, criam novos factos e medonhas fantasias, a ponto de se insinuar , que se trata de uma “caça as bruxas”, as  tradicionais dança das cadeiras, que estam a ser realizadas no aparelho do Estado, compreensivelmente de uma forma mais profunda e intensa.

O País viveu quase meio século, num pula-pula de cabra-cega, à roda do banquete , e não há registo de que alguma vez alguém tivesse xinguilado ostensivamente, quando retirado da lambuzaria. Há que se pôr ordem no circo !

Descontadas as eventuais coincidências e aparências, nada nos leva a crêr que através  do processo em curso esteja em marcha a formação de um novo establishment , que mais lá pra frente vai alterar o guião e virar extremamente à direita .

Confrange-me entretanto o facto de, diante de todas as evidência desses primeiros capítulos dessa agridoce longa metragem, ter ficado com a sensação de que,  se o título do “filme” foi consensual, já o enredo não, a julgar pelos questionamentos e hesitações em dar o corpo ao manifesto, por parte de gente grande, geral e habitualmente eufórica quando o assunto é a Grande Família, a dona do assunto.

Ou a obra em causa terá titularidade autoral diferente?

Se não, qual então o problema em se caminhar com a Pátria Unidade, na assumpção das consequencias do lema que veio para mudar e fortalecer a Nação heroica e generosa?

Nesse primeiro capítulo é visível , a dificuldade de algumas das peças do puzzle, em adaptar-se aos novos tempos. Em largar  os velhos hábitos.

Há gente errante nos camarotes ! Bruxas!

Gente sem iniciativa, por inércia e por inépcia.

Continuam com  os velhos paradigmas de governação.

Resguardam-se em “legalizadas”  inconstitucionalidades que lhes permite não agir à luz dos novos preceitos políticos, escamotear informação,  e continuar a pôr a mão na massa.

Não desgrudam!

Fingem esperar por orientações, como se  de simples operacionais se tratassem.

Mas, afinal no conclave do maioral a coisa foi só uma jogada de mestre pra inglês vêr, e para nos virar os olhos?


Como  é que agora, corrigir e melhorar a vida de todos, parece peste comunista, com sabor a perseguição social, policial, e ameaça dos lugares e dos bens, para alguns membros da nossa sociedade, (lêr nomenclatura) ?


Ainda bem e consola-nos o facto de saber que para a maioria dos cidadãos  ( que pela primeira vez , conseguiu juntar e misturar gregos e troianos), CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL E MELHORAR O QUE ESTÁ BEM é sinónimo de solidariedade social , de esperança por uma vida melhor, e resgate da cidadania.

Pelas minhas hostes, tudo continua como antes: velhos métodos e blá, blá, blá. Aqui no vizinho ao lado, dizem que só se mudaram para as moscas, que são outras mas iguais.

Por isso advinha-se que o bilo ( conflito geracional e golpes palacianos, no bom português) vai ser forte, mas, como recomenda a plateia, sempre sob os ditames da democracia e de outros quejandos civilizacionais. 

É por isso  hercúlea a tarefa que temos todos, para   colocar a locomotiva nos carris.

E. essa Missão pode ainda ser mais difícil porque há  “bruxas” na área, que irão continuar a fazer depender a boa nova , de contrações físicas que dependem de actos de contrição, que também dependem da aceitação de outras e novas práticas e confissões.

Segundo o materialismo dialéctico ( coisa que se estudava  no meu tempo) as transformações objectivas operam-se mais rapidamente, do que as subjectivas.

Então o que nos resta fazer, para se acelerar o processo de transformação da nossa sociedade,   amenizando a dor e a angustia colectiva?!... Provocar o parto!



Belmiro Carlos

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